"Hoje, quando rememoro essas cenas, apetece-me rir dela e de mim. É bom sinal. Como se, ao longo destes anos, tivesse aprendido alguma coisa do emaranhado das nossas pulsões, dos nossos pequenos e grandes gestos, dos rasgos dramáticos, até patéticos, que mais tarde deploramos. Que se nos afiguram alheios ao nosso verdadeiro ser, a essa entidade movediça, sempre em transformação que é o nosso ser. Para lá dos gritos do instinto, tudo, creio bem, mesmo o amor, tudo é comédia."
Urbano Tavares Rodrigues, "O Eterno Efémero"
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