quinta-feira, 29 de março de 2012

"e a lei, essa coisa sensível que gosta de nós e se preocupa com o estarmos felizes e confortáveis, comove-me. põe-se à espreita dos gestos todos e salta-nos em cima com entusiasmo se lhe parece que nos arrogamos mais espaço que o esperado, ou se simplesmente queremos tomar uma decisão sozinhos, tragando o que é nosso, sem ter de dar conta aos outros do que é nosso, do que toda a vida foi nosso e, agora, é sempre por percentagem do estado também. haviam todas as coisas ser de comer. tudo. carros e casas haviam de ser de comer. e no momento em que estivéssemos para morrer e deixar para impostos e taxas e roubalheiras assim, comíamos tudo e depositávamos no testamento o monte de merda que, se quisessem vê-lo transformado novamente em casas e carros, teriam de usar para estrumar os campos e depois plantar e regar e tomar conta e depois colher até venderem laranjas das boas como antigamente se fazia no país inteiro." 

 A Máquina de Fazer Espanhóis, Valter Hugo Mãe

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