quarta-feira, 9 de setembro de 2015

"Um homem que pensa que tudo o que não percebe deve ser desonesto e que, na primeira oportunidade que tiver, está moralmente obrigado a dizer a terceiros o que não tem nada que contar. Como eu digo, se eu pensasse, de cada vez que um homem fizesse qualquer coisa que eu não percebesse, que ele tinha de ser desonesto, creio que não tinha trabalho algum em encontrar naqueles livros, lá no fundo, qualquer coisa em que não se visse alguma utilidade em ir dizer a alguém o que eu pensasse que eles deveriam saber, sobretudo quando tenho alguma razão em suspeitar que eles poderiam saber mais do que eu, e, se o não soubessem, eu não teria nada com isso."

William Faulkner, O Som e a Fúria

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